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História
Foi em Inglaterra, nos séculos XII XIII, que se realizaram os primeiros bullbaiting, combates entre cães e touros.
Nestes combates prendia-se o touro e contra ele lançavam-se um ou mais cães.
O objectivo era conseguir que os cães imobilizassem o touro, o que exigia várias investidas e tornava necessário que os cães fossem fortes, ágeis e com grande resistência.
Este espectáculo tornou-se muito popular em toda a Europa, tanto entre os nobres com entre as classes mais baixas.
Além de touros, eram utilizados outros animais como ursos, texugos e macacos.
Também eram populares os rattings, onde se contava em quanto tempo um cão podia apanhar um certo número de ratos.
A denominação bulldog aparece no início do século XVII, referindo-se aos cães utilizados em lutas contra touros, que tinham como características comuns uma cabeça grande em relação ao corpo, que por sua vez era mais pequeno que o dos antigos molossos, orelhas pequenas, grande força de maxilar, desprezo pelo perigo, determinação espantosa e insensibilidade à dor.
Nesta altura começaram a ter popularidade as lutas entre cães. Com a proibição das lutas contra touros em Inglaterra, em 1835, a popularidade das lutas entre cães aumentou.
Este "desporto" foi exportado para os Estados Unidos na segunda metade do século XIX, onde rapidamente se tornou muito popular.
O que distinguiu os pitbull americanos foi um aumento de tamanho em relação aos ingleses.
Havia várias designações para estes cães: yankee terrier, pit bull terrier, pit terrier, pit dog, pit bulldog, entre outras.
Em 1898, um grupo de criadores formou o United Kennel Club (UKC) e criou um registo, onde era possível inscrever American Pit Bull Terriers, com o intuito de impedir que os criadores os cruzassem com outras raças.
O UKC ainda hoje existe e regista muitas outras raças. Em 1909 surgiu a American Dog Breeders Association (ADBA), que reconheceu o APBT, editou um estalão e criou provas específicas para esta raça.
A ADBA ainda hoje existe e é o registo preferido da maioria dos criadores e donos de APBT.
Em 1936 o American Kennel Club (AKC) reconheceu a raça, mas com o nome de American Staffordshire Terrier (AST). Retirando o "Pit", o AKC pretendia distanciar a raça das lutas de cães.
Embora as lutas de cães sejam proibidas por lei na maior parte dos países, certas pessoas continuam a organizar combates clandestinos.
Há, todavia, países onde estas lutas são permitidas, como o México e a Rússia, entre outros.
Apesar de no passado AST e APBT designarem o mesmo cão, hoje em dia o APBT distingue-se pelo seu carácter, pela sua tenacidade, pela sua força, pela sua agilidade, pela sua resistência, pela sua persistência e pela sua insensibilidade à dor.
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